Artigo

A corrupção mata de longe

A minha esposa diz que não sou confiável politicamente, hoje, defendo com unhas e dentes A, amanhã, mudo pra B, depois, empunho a bandeira de C e no futuro execro A, B e C, é que, ela ainda não me compreende não obstante décadas de enfrentamento juntos nas dificuldades do dia a dia. Não sou dúbio de caráter nem de convicções políticas, mas, não tenho compromisso com político corrupto nem   rezo para saúde de corruptor.

No processo do “Tríplex de Lula”, “Condomínio Solaris” Guarujá, defendi, aqui do meu canto, nas redes sociais, a inocência do ex-presidente Lula, naquela época, já se suspeitava a imparcialidade de Sérgio Moro e o tempo foi o senhor da razão: Sérgio Moro e Dallagnol produziram provas, manipularam testemunhas, grampearam conversas de Lula e Dilma, cercearam advogados de defesa e construíram um “PowerPoint” para incriminar ainda mais o ex-presidente Lula e no decorrer dos tempos, o desfecho foi inacreditável: Sérgio Moro deixou mais de 20 anos de magistratura vitoriosa para servir ao presidente eleito Jair Bolsonaro, como Ministro da Justiça e Segurança Pública, com “Carta Branca”, ele a transformou em soberania e  maquinou contra o chefe para se eleger presidente do país em 2022.

Na eleição presidencial de 2018, votei no candidato a presidente Fernando Haddad, exortei suas qualidades intelectuais, sublimei seus erros na prefeitura de São Paulo, potencializei o benefício que faria ao Brasil se eleito presidente do Brasil e escrevi vários artigos “descaractizando” seu adversário, o candidato Jair Bolsonaro. Nesse ano, ainda acreditava que as denúncias de corrupção e de malversação do dinheiro público fossem recursos de retórica de políticos da oposição e da sociedade elitista conservadora.

Porém, quando li a enxurrada de denúncias de políticos da esquerda que se beneficiaram com o “petrolão”, o “mensalão”, dinheiro na cueca, Caixa 2 para registrar as despesas suspeitas, pagamento de palestras milionárias aos políticos do PT, condenação de Lula no processo do sítio de Atibaia pela juíza Gabriela Hardt, ratificado e acrescido o tempo pelo Tribunal Regional da 4ª. Região (TRF-4) e, homologado e diminuído o tempo pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), não defendo mais essa gente, tomei ojeriza à esquerda.

A pandemia do coronavírus veio para revelar novos políticos corruptos insensíveis. Eles lucraram e ainda lucram com a doença e a morte de milhares de pessoas contaminadas pelo vírus chinês. O superfaturamento de respiradores, hospitais de campanha não utilizados e outros insumos hospitalares superfaturados representam o desperdício do dinheiro público e o roubo. A pandemia trouxe à tona esses desmandos na saúde de décadas, sempre morreu pobre nos corredores dos hospitais e enfermarias por falta de vaga, médicos e remédios. A Covid-19, apenas, descobriu a sujeira que estava embaixo do tapete.

Hoje, sem ser seguidor do presidente Bolsonaro, eu simpatizo com as políticas públicas do seu governo. Antes da pandemia, a economia dava sinais de revitalização, a taxa SELIC havia diminuído, a mais baixa historicamente, baixando os juros de mercado e impulsionando a economia, a inflação de 2019 foi a mais baixa de alguns anos, porém, o vírus chinês chegou e tudo degringolou. Todavia, o governo e o Congresso movimentaram a economia:  a “Bolsa Família” foi ampliada, auxílio emergencial para 99 % dos brasileiros “invisíveis”, desempregados, camelôs, taxistas, autônomos MEI, antecipação do 13º dos aposentados e a liberação do FGTS.

O governo está ciente que depois da 5ª parcela do auxílio emergencial, a maioria do povo não dispõe de condições de sobrevivência sem ajuda, agora, fala-se num programa de “RENDA BRASIL”.  Este programa vai atender às demandas de quem vive no nível de pobreza. Os programas assistenciais deram esperanças àquelas pessoas que nunca tiveram esperança.

Os procuradores da República, a Polícia Federal (PF) e outros órgãos de combate à corrupção nunca trabalharam tanto. Os corruptos da saúde terão que devolver ao país os recursos desviados. Alguns prefeitos e governadores estão sendo investigados e ex-secretários da saúde presos. Embora críticas da grande mídia e da esquerda que o general Eduardo Pazuello não é médico, que ele não possui formação técnica na área da saúde, ele vem fazendo um bom trabalho como ministro da saúde, as solicitações de estado e municípios são atendidas à medida que os gastos são necessários.

A corrupção destrói sonhos, vidas e famílias. Os recursos da saúde, educação, pesquisa científica, segurança e programas sociais desviados dariam pra fazer um país desenvolvido entre as principais nações do mundo. Portanto, a corrupção é pior do que o coronavírus, não se elimina com álcool em gel, máscara nem distanciamento social, a corrupção mata de longe.