Artigo

Hipertensão Arterial

Hoje, falarei de uma doença muito comum no mundo todo – a hipertensão arterial. Com a melhoria das condições de vida e os avanços da medicina, a expectativa de vida das populações aumentou. No Brasil, na década de 1940, o brasileiro vivia em média 40 anos enquanto hoje vive-se 69 anos. Isso ocasiona um crescente aumento de hipertensos.

         Na hipertensão arterial essencial ou seja de origem desconhecida, geralmente, não há sintomas. O diagnóstico é feito pela aferição da pressão. Entretanto, alguns hipertensos queixam-se de dor de cabeça, principalmente na nuca, dor no peito, tonturas, inchaço das pernas. Sangramento nasal em pessoas idosas pode ser indicativo de hipertensão. Muitas vezes, em pessoas que não têm o hábito de frequentar postos de saúde, se descobre a doença quando elas são acometidas de um infarto do miocárdio, acidente vascular encefálico (derrame) ou problema renal. Depreende-se que essa patologia afeta, principalmente, o coração, o cérebro e os rins.

          Por ser uma doença crônica, o paciente terá um acompanhamento, recebendo um cartão onde serão registradas as medidas das pressões arteriais e de três em três meses deverá ter uma consulta médica. Entretanto, este prazo não é rígido. Se ele apresentar qualquer alteração nos níveis pressóricos ou for acometido de outra doença deverá procurar o posto de saúde.

          O tratamento é direcionado para manter a pressão arterial nos limites desejados ou seja: a pressão máxima abaixo de 140 torr e a mínima abaixo de 90 torr. Os hipertensos são classificados em leves, moderados, ou graves. A depender dessa classificação, Eles são medicados com um, dois ou mais hipotensores ou anti-hipertensivos. Estes são agrupados em 1-bloqueadores dos receptores beta-adrenérgicos, 2-bloqueadores dos canais de cálcio,3-inibidores da enzima conversora, 4-diuréticos.

          De posse dos níveis pressóricos, obtidos através do cartão de hiperdia, o médico fará uma avaliação da pressão arterial do paciente. Escolherá os hipotensores de acordo com o perfil de cada hipertenso, os efeitos colaterais ou efeitos adversos dos medicamentos, etc. Daí, os pacientes devem colaborar, trazendo à unidade básica de saúde o cartão de hiperdia e a última receita médica.  

          Finalizando, menciono a crise hipertensiva, quadro grave, quando a pressão arterial se eleva muito, podendo acarretar infarto do coração, acidente vascular encefálico ou uma insuficiência renal. Estes casos são tratados em hospitais. Geralmente, essa situação ocorre quando, o paciente não obedece à prescrição médica. Deve-se abandonar o tabagismo se for o caso.