Artigo

Doenças da infância e vacinação

No passado, ao examinar uma criança, o médico sempreperguntava ao responsávelquais as doenças que ela já tivera. Isso ocorria devido à falta de vacinas para certas doenças tais como: varicela, sarampo, caxumba, coqueluche e outras. Felizmente, com os avanços da medicina e política governamental voltada à prevenção de enfermidades evitáveis por vacinas,aquelas doenças realmente pertencem ao passado.

    Certa vez, uma mãe trouxe sua criança, informando-me que lhe aparecera uma gripe e não conseguia mais permanecer em pé, ressaltando que ela era bastante ativa. Diagnostiquei paralisia infantil. Sendo uma doença causada por vírus, logo não tendo tratamento específico, o paciente podia se recuperar, apresentar seqüelas ou evoluir para o óbito. Os casos de sarampo, embora na maioria deles evoluíssem para a cura, entretanto, havendo complicação, ocorria morte.

       A primeira vacina foi a antivariólica desenvolvida por. Edward Jenner, um médico que clinicava no interior da Inglaterra no século XVIII. Essa doença, quando não era letal, deixava o paciente com cicatrizes, principalmente na face. Era comum algumas mães colocarem no umbigo do recém-nascido pucumã, ou pó feito com o junco torrado. O resultado era o tétano. O crupe ou difteria, causando o bloqueio da garganta, levou muitas crianças ao óbito. Outra enfermidade que assolava, e ainda continua sendo prevalente, era a tuberculose. Dois pesquisadores franceses conseguiram sintetizar a BCG, que faz parte do calendário vacinal.

           A vacina antirrábica, obtida por Pasteur, não faz parte do calendário vacinal, mas é usada  em certas situações.

            Se ainda há esgotamento sanitário a céu aberto, deficiência na coleta do lixo, enfim, muito a se fazer no saneamento das cidades, por outro lado se avançou muito na vacinação.  A primeira vacina, como dito antes, foi a antivariólica e se seguiram a tríplice(DPT), anti-poliomielítica, a BCG, a antissarampo anti-hepatite e outras.

Felizmente, os tempos difíceis no tocante às enfermidades que podem ser evitadas pela vacinação estão longe.  Nenhum médico, hoje, ouvirá o relato de uma mãe chorosa que via seu filhinho correndo e subitamente perder o equilíbrio, e ficar preso a uma cadeira de rodas.