Artigo

O ideal de servir

Um ilustre cristão visitando o Japão, encontrou ali um Club com o nome kagwa, nome de um líder cristão e reformador social, e tendo perguntado, quais foram os objetivos, responderam-lhe: “promover almoços periódicos.” Tinham-lhe o nome mas não os verdadeiros objetivos encarnados na vida do grande líder.  Para que se desfaça qualquer conceito errôneo a respeito, não é demais insistir sobre o grande ideal que nos empolga. – O ideal de servir

Este ideal tem sua origem e inspiração no próprio cristianismo, cujo próprio fundador declarando o propósito central de sua vinda ao mundo apregoou: o filho do homem veio não para ser servido, mas para servir. O mundo moderno tem um egoísmo hipertrofiado como o motivo móvel de todas as ações humanas, e surge daí a necessidade de modificar-se essa mentalidade materialista, cabendo ao homem de sensibilidade e altruísta pelas normas, princípios e objetivos que adota, criar um novo tipo de homem, consciente de sua utilidade, de seu valor e de sua responsabilidade.

Esse tipo de homem na verdade, ele vem mudando, evoluindo e progredindo.  Nesse momento, lembro de um filme chamado o guarda costas, com Kevin Costner. Ele era o segurança de uma cantora de sucesso e por muitas idas e vindas ele volta ao posto de segurança da presidência dos Estados Unidos. A última cena mostra ao fundo três bandeiras, a da O.N.U, a dos Estados Unidos da América, e a do Rotary Internacional. Foi aí que eu lembrei que neste mês de fevereiro mais precisamente no dia vinte e três é o dia do Rotariano. Paul Harris começou tudo, compreendeu a necessidade de reavaliação e mudança. Este mundo é em constante mudança. A história do Rotary terá sempre e sempre diversidade de seu quadro de sócios constitui a sua unidade de propósito impulsionou a sua evolução duradoura. A diversidade rotária fornece um fluxo contínuo de novas ideias, novos pensamentos e novas formas de resolver os problemas. Quando essa diversidade é usada para desenvolver o aconchego a missão de servir, fantásticas coisas acontecem.

Acompanhei esse mundo rotário quando dirigi a Escola Rotary de Itabuna por mais de uma década e meia. Aprendi com os rotarianos que Rotary surgiu como expressão do reconhecimento do valor que a ética representa para a sociedade e ela como ciência da moral oferece um conjunto de preceitos para uma vida social sadia que representa a verdadeira felicidade. Esses preceitos determinamrenúncias e freios ao egoísmo em prol do grupo social. O Rotary como associação de profissionais dá ênfase à Ética profissional mas procura aplicar seus princípios também em sua própria administração.

Uma revista rotariana ofertada pelo saudoso Celso Brito, estabelecia que o objetivo rotário consistia na melhoria da comunidade pela conduta exemplar de cada um na sua vida pública e privada, assim “as palavras ensinam, os exemplos arrastam”. Certa vez o Rotary Club de Itabuna, nos procurou necessitando do espaço da escola para implantação de cursos destinados a capacitação profissional. Utilizamos o turno noturno, que na época era ocioso,  e   os rotarianos  das mais variadas  atividades profissionais (inclusive a área de saúde com a Dra. Mércia Margoto) foram   liderados  pela presidente da Casa da Amizade Gladys, onde    cederam do seu tempo, conhecimento e dedicação para o bem de outros, sem nenhuma forma de pecúnio.

Desta forma, a ação voluntária destes rotarianos gerou uma mobilidade social tamanha em nossa comunidade escolar, que dia após dia, grupos e mais grupos de jovens vinham a nossa procura em busca de vagas para tais cursos. A notícia chegou a Diretoria Regional de Educação (DIREC – 7) que no ano seguinte, abriu vaga para o turno noturno e ofertou para  nossa Unidade Escolar o curso de Educação de Jovens  e Adultos.

Obrigada rotarianos. Seu princípio dinâmico, transformador como é a ideia de servir e o   trabalho feito com zelo, amor e capricho fazem a diferença. Assim o espírito de servir traz colaboração na ordem econômica, industrial e principalmente na educação, onde há  construção de escolas. Os rotarianos são vocacionados para cooperar na administração das coisas públicas ou interesses coletivos, eles procuram adquirir em maior escala e difundir com maior entusiasmo o altruísmo que tudo constrói.