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Qual o sentido da morte para a humanidade?

Enquanto a humanidade discute o sentido da vida,é necessário questionar o sentido da morte.Sempre me perguntei: por que morremos?Afinal, no plano religioso cristão o projeto da criação da raça humana foi ‘pensado’ para uma provável ‘vida eterna’.Eu, pessoalmente, acho isso um tanto utópico.

Hoje, sendo um homem de meia idade,o tempo me fez perceber que para o projeto da ‘vida eterna’ dar certo – em um provável paraíso -seria necessário um rigoroso controle da natalidade e um amplo trabalho de conscientização e preservação do nosso ‘paraíso’, afinal só temos a terra para viver, e dependemos dela para produzir alimentos necessários para cerca de 8 bilhões de pessoas.

Não sei se o homem está preparado para viver eternamente. Acho que estamos evoluindo a ‘passos de tartaruga’ e temos um longo caminho a percorrer. Precisamos aprender a amar o próximo, cuidar da nossa casa (o planeta terra) e valorizar nossas verdadeiras riquezas: as reservas hídricas,nossanatureza(fauna e flora), nossa ‘mãe terra’, que precisa estar fértil para produzir alimentos.

Outro ponto que a raça humana precisa evoluir muito é com relação a poluição dos elementos, água, ar e terra. Ohomem tem produzido muito lixo tóxico e eletrônico egrande parte é descartado em países pobres do continente africano, que está virando um grande ‘lixão’. Até quando o planeta vai suportar tanto lixo?

Pensando na ‘vida eterna’ eu fico a imaginar:se ao invés da eternidade,o homem vivesse(um pouco mais) entre 150 e 200 anos.O que seria do mundohojecom ‘personas non gratas’comoHitler, Mussolini, Stalin, Mao Tsé-Tung, Pinochet, Idi Amin e tantos outros ditadores,vivos e no poder? Como estaria a humanidade?

Por isso acho que o ‘projeto’ da raça humana está fadado ao fracasso, e a morte termina sendo o resultado dos nossos repetidos e incorrigíveis erros. Vejo que infelizmente (por mais triste que seja) é preciso morrer para equilibrar. O fato é que a morte iguala (nivela) todos: ricos, pobres, pretos, brancos, bonitos, feios, altos, baixos, gordos, magros, enfim, todos ficam iguais diante ‘dela’.

Só não consigo aceitar a morte prematura, de bebês, crianças e jovens adultos. Acho que viver tem que ter um prazo (longo) de validade, pois a vida só vale a pena quando estamos bem, com as faculdades mentais em dia e governando nossas ações e atos. Quando chegamos em um estágio de estrema velhice ou vegetativo, é porque chegou a hora de partir e deixar o ‘lugar’ para outro.

Portanto, se a morte é a única certeza, então vamos viver a vida plenamente.