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Infecções Intestinais

Enteroinfecções ou vulgarmente infecções intestinais são doenças que acometem o aparelho digestivo. Os sinais mais característicos são dores abdominais, os vômitos e as evacuações líquidas e, algumas vezes, sanguinolentas. Uma pessoa, ao ingerir um alimento contaminado, está introduzindo no seu organismo milhões de bactérias. Estas vão se multiplicar e como decorrência de seu metabolismo excretarão toxinas (leia-se venenos). E são as toxinas, que interferindo no funcionamento do corpo, levarão o paciente ao óbito. Por outro lado, os vômitos e as evacuações são um mecanismo com o objetivo de lançar para o exterior o produto do metabolismo das bactérias. Para conter a multiplicação bacteriana   o sistema imunológico aumenta a produção de células específicas que vão destruir as invasoras.

       Os microorganismos, principalmente bactérias e vírus, causam as enteroinfecções e são chamadas de febre tifóide ou tifo quando o agente etiológico é a Salmonela typhi; de shigeloses se é a S.flexneri; a cólera se é Vibrio cholerae … Os vírus, mormente os rotavirus, são também causadores de diarréias.

       As manifestações clínicas, além de vômitos e dejeções, são dor de cabeça, cansaço, dores musculares, dores no abdômen, falta de apetite, febre, calafrios…

       No meio rural ainda é comum pessoas beberem leite obtido diretamente da vaca sem passar pelo processo de pasteurização. Pode ser prazeroso sorver o leite quente, espumoso porém ele pode ser o veículo de uma tuberculose, de uma febre tifóide e de outras doenças. Mesmo o leite fervido não está isento de microorganismos. Só através da pasteurização, o leite está apto para o consumo.

O botulismo é uma doença muito grave e é causada por alimentos mal acondicionados. Os consumidores de produtos enlatados precisam olhar o prazo de validade, verificar se a lata não está amassada, se as pancadas dadas com as articulações dos dedos da mão no fundo do recipiente estão firmes, se as latas não estão estufadas…

      Há alguns anos ocorreu no Brasil uma epidemia de Cólera quando milhares de pacientesprocuraram os hospitais queixando-se de vômitos, diarreias, cefaleia, dores no abdômen, febre, e alguns deles, devido ao estado geral, necessitaram de internação. Com o passar do tempo, as pessoas susceptíveis adoeceram e, num processo natural se tornaram imunes a outro episódio de cólera.

      Com o saneamento de áreas insalubres, melhoria nos sistemas de saúde, as autoridades sanitárias têm obtido bons resultados no controles das enteroinfecções.