Labirinto
Caminhei no labirinto da vida,
Perdi-me na entrada
Não encontrei saída.
Em ruas andei,
Redemoinhos driblei,
Feridas, palavras vazias,
Encontrei.
Caminhei até a esquina da incerteza,
Cabisbaixa,
Deparei-me com a Rua da Tristeza,
Rua esquecida, vazia.
Caminhei até a esquina dos mistérios,
Procurando entender…
E na Rua da Realidade,
Nua e explícita,
Confrontei-me com meus medos,
Segredos, desilusões, dragões,
Mágoas, também.
Os pés calçados
Em sapatos apertados,
Caminharam até a esquina da solidão,
E, então,
Deparei-me na Rua da Reflexão.
Impulsionada, renovada
Caminhei até a esquina da vida,
Encontrei-me na Rua da Esperança,
Leveza, beleza, clareza…
Os pés descalços,
Sem os sapatos apertados,
Mergulhados num mar de certezas,
Outrora, de incertezas,
E o coração amainado,
Outrora, opressivo,
Desanimado,
Guiaram meus passos
Com a precisão da bússola.
E assim, caminhei até
A Rua da Sabedoria,
Encontrando resposta,
Alma virtuosa,
Felicidade encontrada,
Comprova.
Os caminhos serpenteantes,
Os pensamentos soturnos,
E a obscura porta….
Onde estão? Para onde foram?
Não sei…não me importa saber..
O vento os levou,
E em uma rua fora de alcance, enterrou.