Bronquite e Asma

Durante o inverno são comuns a asma e a bronquite devido ao hábito de as pessoasfecharem portas e janelas das residências para se proteger do frio. Esta medida, dificultando a ventilação, dá condições à proliferação de ácaros e fungos.  Também os alérgicos ou atópicos, respirando o pólen das flores, têm agravado seu quadro clínico. O tabagismo, a poluição atmosférica são outros agravantes.

Na asma, além da tosse com expectoração de cor clara, o paciente apresenta falta de ar, dor no peito,masnão tem febre. Os brônquios ficam congestionados, cheios de secreçãoe apresentam seu calibre diminuído, daí o cansaço, a respiração ofegante. Geralmente, a asma ocorre na infância e raramente perdura até a idade adulta. Costuma aparecer à noite, o que leva muitos pais a permanecerem à beira do leito do filho, durante noites seguidas. Por ser uma doença inflamatória e de fundo alérgico não se deve usar antibióticos.

Já na bronquite, há febre traduzindo um processo infeccioso e se deve fazer uso da antibioticoterapia. Nesta doença, a expectoração é purulenta, fato que o próprio paciente pode perceber pela presença de catarro amarelado ou esverdeado.  Os pacientes devem evitar escarrar em qualquer lugar, usando escarradeiras ou um lenço para recolher o muco.

Na bronquite alérgica é importante descobrir o alérgeno ou alérgenos a fim de se chegar à cura.  Nem sempre é fácil descobrir o causador da alergia. Certa vez, uma criança já havia sido submetida aos testes de pele etc. sem sucesso quando sua mãe, fazendo a limpeza de um armário, descobriu um pó produzido por uma “broca”, insetos minúsculos. Ela se desfez da peça e logo a criança deixou de tossir, culminando com a solução do problema que se arrastava há meses e que era motivo de preocupação para os pais e o médico.

          Nem sempre o médico resolve tudo. Há mães cuja doença do filho representa um calvário. Anos seguidos estão o levando ao hospital sem, contudo, alguém que habita o mesmo teto tome a decisão de abandonar o hábito de fumar. Também ocorre a presença de animais na casa sem que eles sejam retirados, agravando ainda mais o quadro de sofrimento do pequeno paciente.

          Há casos que o asmático melhora sensivelmente ou mesmo chega à cura quando se muda de um bairro para outro ou de uma cidade para outra. A explicação é que os alérgenos não existem no novo endereço.