Entrevista

Entrevista com o vereador reeleito José Antônio de Oliveira Cavalcante, do PMDB de Itabuna

DIREITOS – Como entrou na política?

Cavalcante – Sou de origem familiar humilde. Família grande, tenho 10 irmãos, sou casado e tenho duas filhas. Eu sou cabo da Polícia Rodoviária Estadual, formado em Filosofia e com pós-graduação em Gestão Pública e fui professor do Colégio da Polícia Militar. Participo muito da vida pública através de associações e com um trabalho na comunidade do Bairro Califórnia, através da Paróquia Nossa Senhora Aparecida. Um dia, as pessoas com quem me relacionava – ex-alunos, colegas de trabalho, paroquianos e a família – formaram um grupo político e me fizeram a proposta de candidatura a vereador. Pensei, topei, me filiei ao PMDB, mas não esperava ser eleito logo na primeira tentativa. Elegeram-me.

DIREITOS – E depois?

Cavalcante – Aí peguei logo um segundo desafio: fui eleito 1º Secretário na Mesa da Câmara. Não tinha experiência na condução da burocracia legislativa, mas me esforcei muito para estar à altura do cargo e acho que consegui, porque fui novamente eleito para um novo biênio como 1º Secretário. Participei de um bom trabalho junto à Mesa, do qual me orgulho. Realizamos sessões técnicas importantíssimas para o interesse de Itabuna, fizemos concurso público, reduzimos gastos e cargos comissionados, resgatamos o portal da transparência com informações contábeis, reforma no prédio da Câmara, entre outras.

DIREITOS – Mas a imagem da Câmara sofre restrições na comunidade…

Cavalcante – É, mas a comunidade precisa estar mais junto das ações da Câmara também e isso raramente acontece mesmo naqueles casos onde fizemos sessões de interesse direto de certos setores da comunidade e não prestigiam com suas presenças, seja crítica, apoio, sugestões etc. Precisamos, políticos e comunidade nos solidarizar mais para fazermos mais por Itabuna.

DIREITOS – Será candidato à Presidência da Câmara agora, inclusive podendo ser prefeito por seis meses?

Cavalcante – Coloquei meu nome junto aos meus pares e à análise de meu Partido. Eleito, enfrentarei este novo desafio com muita dedicação e senso público. Mas não acredito em ser prefeito por seis meses, porque não acredito em nova eleição. Penso que a vontade do eleitor de Itabuna em sua maioria deverá ser respeitada, deverá pesar na decisão da Justiça e, com o apoio do PMDB, Fernando Gomes (DEM) e Fernando Vita (PMDB) terão condições de fazer uma boa gestão municipal.

DIREITOS – Como analisou o resultado da eleição para o seu Partido?

Cavalcante – O PMDB trabalhou com muita competência política e a direção partidária ouviu e respeitou muito o interesse dos candidatos a vereador. Com o aval da regional – através do Deputado Federal Lúcio Vieira Lima e do Ministro Geddel Vieira Lima – e da nossa executiva fizemos a melhor coligação possível, contribuímos com mais de 3.500 votos, mantivemos a cadeira na Câmara e puxamos mais um vereador da coligação, no caso o Milton Gramacho. Houve algumas tensões políticas, mas considero que foram corretamente administradas pela Executiva e pelo presidente Pedro Arnaldo Martins, que, para mim é uma grande revelação política pelo jeito de trabalhar. Ele conduziu muito bem, administrou interesses, foi muito organizado, atencioso, articulador, mostrou bom trânsito partidário e capacidade para fazer sua carreira política.

DIREITOS – Sua carreira está indo bem. Até onde poderá ir seu fôlego político?

Cavalcante – Eu sou um político organizado, quero ser bom de comissões técnicas, de plenário, quero me relacionar bem com a comunidade através da imprensa, mas gosto mais de estar junto das ações, dos problemas das comunidades, ouvindo, vendo e buscando soluções. Estarei sempre fiel ao meu partido para crescer junto e até acho que o PMDB vai crescer muito aqui em Itabuna e no Brasil e eu quero estar à altura das oportunidades políticas que sem dúvidas vão aparecer.