Entrevista

Entrevista com o professor Carlos Roberto Arléo Barbosa presidente da Academia de Letras de Ilhéus (ALI)

“A Academia de Letras de Ilhéus foi fundada em 1959”

O entrevistado desta edição do Jornal DIREITOS já foi presidente do Instituto Histórico de Ilhéus e do Conselho Municipal de Cultura, escritor, sociólogo, professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), historiador e autor do livro Notícia Histórica de Ilhéus, Carlos Roberto Arléo Barbosa – presidente da Academia de Letras de Ilhéus (ALI), instituição que abriga um grupo de intelectuais de nossa região e que tem em seu quadro escritores, jornalistas, juízes, promotores, juristas, advogados, historiadores, professores, poetas, dentre outros. O nosso entrevistado fala entre outras coisas sobre a fundação, constituição, composição e ações da ALI nestes seus mais de 50 anos de existência.

DIREITOS – Quando foi fundado a Academia de Letras Ilhéus (ALI)? E quais foram os intelectuais que fizeram parte deste pioneirismo e ineditismo regional?

Carlos Roberto Arléo Barbosa – Academia de Letras de Ilhéus foi fundada em 1959. Os pioneiros foram Nelson Schaun, Abel Pereira, Plínio de Almeida, Wilde Oliveira Lima, Nilo Pinto e outros considerados fundadores.

DIREITOS – Quais os objetivos precípuos da ALI? E quais são os acadêmicos que compõem a atual diretoria?

Carlos Arléo – Os objetivos são principalmente a cultura da língua e da literatura nacionais, nas suas relações com as ciências e as artes. A atual diretoria da ALI é constituída com os seguintes acadêmicos:

Presidente: Carlos Roberto Arléo Barbosa
1º Vice Presidente: Josevandro Nascimento
2º Vice Presidente: Cláudio Silveira
Secretário Geral: Maria Luisa Nora
1º Secretário: Eliane Sabóia
1º Tesoureiro: Maria Luisa Heyne
2º Tesoureiro: Mário de Castro Pessoa
Presidente da Comissão de Revista: Neide Silveira

DIREITOS – Sabemos que a ALI é composta por 40 membros efetivos e vitalícios escolhidos, após edital de vaga, por eleição, entre seus pares. Quais são os componentes atuais e suas respectivas contribuições intelectuais?

Carlos Arléo – Seria um trabalho muito extenso apresentar os trinta e seis membros da ALI e as suas respectivas obras. Oportunamente estaremos editando a Revista da Academia que apresentará um resumo desta pergunta.

DIREITOS – Como é o passo-apasso para quem quer se tornar um imortal da Academia de Letras de Ilhéus? Como os acadêmicos que moram fora de nossa região votam? E quais são os dias em que acontecem as reuniões?

Carlos Arléo – Os pretendentes a uma cadeira na Academia devem se inscrever após o Edital de vacância. A chapa é enviada a todos os acadêmicos desta cidade e de outras onde se encontram membros do sodalício. Em data previamente determinada, acontece a eleição.
A diretoria reúne ordinariamente dia 26 de cada mês. E no dia 11 também de cada mês acontece o nosso sarau, que é inclusive aberto ao público.

DIREITOS – As eleições para presidente e os demais membros da diretoria ocorre de quanto em quanto tempo? E quem pode se candidatar a presidente? O presidente pode ser reconduzido ao cargo?

Carlos Arléo – As eleições acontecem de dois em dois anos. Qualquer acadêmico, residente no sul da Bahia pode ser Presidente. E pode por tradição ser o presidente reconduzido ao cargo por mais um biênio.

DIREITOS – A ALI funciona, hoje, em prédio próprio, na Rua Antônio Lavigne de Lemos. Antes, funcionova em que lugar?

Carlos Arléo – Inicialmente, a Academia fazia as suas reuniões na residência do Professor Nelson Schaun, onde foi fundada. Depois funcionou no edifício da Associação Comercial de Ilhéus, de onde se mudou para a sede própria em 14 de março de 2004.

DIREITOS – Entre os membros dessa Academia em atividade, ou mesmo já falecidos, quais os que mais obtiveram notoriedade fora de Ilhéus?

Carlos Arléo – Muitos acadêmicos são famosos, não só no Brasil, mas no exterior. Podemos citar alguns nomes, correndo o risco de omissão de outros, como: Jorge Amado, Adonias Filho, Zélia Gattai, Cyro de Mattos, Telmo Padilha, Hélio Pólvora, Jorge Medauar, José Cândido de Carvalho Filho, Edvaldo Brito, Francolino Neto, Luiz Pedreira Fernandes, Mário Albiani, Soane Nazaré de Andrade, Jorge Calmon e Dorival de Freitas.