Entrevista

Entrevista com Coronel Gilberto Santana pré-candidato a prefeito de Itabuna.

DIREITOS – O Senhor é candidato a prefeito ou lança a sua candidatura para negociar mais tarde uma vaga de vice?
Gilberto Santana – Não abro mão de minha pré-candidatura. Tenho o aval do partido, sou o pré-candidato a prefeito de Itabuna pelo PTN. Já teria recebi vários convites para formar alianças com outros pré-candidatos, mas na condição de vice. Em hipótese alguma serei vice de partido A ou B. Tenho credibilidade na sociedade, uma vida ilibada, e por isso coloco o meu nome à disposição da população como pré-candidato a prefeito. Posso até compor com outro partido, mas o meu compromisso é ser candidato.

DIREITOS – O que leva Coronel Santana a ser pré-candidato de Itabuna?
Gilberto Santana – Tenho visto muito na política a falta do compromisso com a administração e com a população. Muitos candidatos levam uma mensagem enganosa, usam da má-fé com os eleitores, e depois fazem totalmente o contrário do que foi prometido. Quero fazer a diferença, ter a oportunidade de estabelecer uma gestão transparente e séria.

DIREITOS – Quando oficialmente lançará sua candidatura a prefeito?
Gilberto Santana – O lançamento oficial está agendadopara o dia 8 de Abril, às 21 horas, no auditório da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), e que contará com a presença do presidente estadual do PTN, o deputado João Carlos Bacelar. E não vejo necessidade de pular etapas neste processo de consolidação do meu como pré-candidato. Quero passar por todas as etapas. Primeiro estou organizando o partido, meu grupo, para depois enfrentar a campanha. Com relação a aliança dependerá de uma sintonia de objetivos. O nosso grupo precisa de pessoas competentes, comprometidas, que venham somar, para termos realmente uma gestão vitoriosa.

DIREITOS – O senhor teve o seu trabalho parlamentar na Assembleia Legislativa (2011 – 2015) prejudicado por ser oposição ao governo estadual naquela época?
Gilberto Santana – Conquistei expressiva votação ao disputar uma vaga Assembleia Legislativa da Bahia, apesar de, na época, ser oposição ao governo. Fiz muitas reivindicações para o povo de Itabuna, se não fui atendido, atribuo à condição de oposição em que me encontrava, pois deputado da oposição vive no pão e água, justificou. Sinto-me muito confortável, porque fui oposição, mas mesmo assim não deixei de reivindicar. Montei um escritório central em Itabuna durante os quatro anos para atender o povo, e mesmo na oposição estive durante todo tempo reivindicando melhorias para nossa região. Diferente de outros deputados, que foram da base do governo e nem sequer se pronunciaram.

DIREITOS – Em seu programa de governo o que elenca como prioridades?
Gilberto Santana – Tendo as áreas da saúde e segurança como uma das prioridades do seu programa de governo, é preciso reestruturar a saúde em Itabuna para que o setor funcione bem. Os postos, por exemplo, o ideal seria o seu funcionamento 24 horas, e de alguns que estivessem localizados em pontos estratégicos. Isto para que os pacientes não se desloquem para esperar uma consulta no Hospital de Base. Somente desta forma podemos desafogar os hospitais, e oferecer um melhor atendimento à população. Criar uma estrutura de Policlínica bem estruturada. Digo uma Policlínica que tenha condições de atender uma maior demanda, com um atendimento mais digno. Enfim, que venha realmente funcionar com a melhor condição possível.

DIREITOS – E como fica o Hospital de Base nesse reordenamento?
Gilberto Santana – O Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães (HBLEM), se apresenta mais como um hospital regional do que municipal, por atender mais pacientes de outras regiões e até de outros estados, portanto, seria mais plausível colocar o Hospital de Base sob a responsabilidade do Estado. O HBLEM hoje é um compromisso muito pesado para Itabuna. Como se trata de um serviço de alta complexidade, eu acho que deveria passar para o estado, que tem estrutura para atender essa demanda que existe na região. Se for analisar o volume de pacientes que chegam lá, Itabuna não representa 5%. Em minha opinião, o Base pertence ao município, mas assume um compromisso regional, e isso termina aumentando os encargos, as obrigações, e como consequência, passa a funcionar precariamente. E ajuda do Governo do Estado é simbólica se compararmos com outros hospitais como o Regional de Ilhéus, que recebe quase R$ 6 milhões, e a Santa Casa de Itabuna, que recebe cerca de R$ 5 milhões.

DIREITOS – E a crise hídrica no nosso município tem solução?
Gilberto Santana – Entendo que a Barragem Rio Colônia trata-se de uma obra que requer um investimento muito alto, e que não depende apenas do município, e sim do Governo do Estado. O governo pretende fazer essa barragem que está mais uma vez recomeçando, mas eu penso que eles poderiam trazer a água da Usina do Funil, onde já existe uma barragem. Não sei se há interesse em estudar isso, mas é uma alternativa mais econômica e viável, porque a Usina do Funil é muito potente. A Pedra do Cavalo, por exemplo, foi criada para vários fins: água para Salvador, gerar energia, irrigação e criação de peixes.

DIREITOS – A amenização da crise hídrica passaria por um novo modelo de gestão da Emasa?
Gilberto Santana – É preciso prudência ao pensar em se desfazer de um patrimônio do município. Tem que ser analisado com bastante transparência com a sociedade, funcionários, e depois ver o melhor caminho para vencer essa crise. Entregar a Emasa para terceiros pode trazer outros sérios problemas, como por exemplo, aumentos excessivos na conta de água.

DIREITOS – Como analisa a questão da segurança pública em Itabuna?
Gilberto Santana – Vejo a Guarda Municipal como uma grande aliada nas ações preventivas e ostensivas. Os governos estão estimulando as prefeituras para que tenham sua segurança própria. Em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, por exemplo, já existe uma Guarda Municipal muito bem estruturada, e nós podemos, também, pensar nessa melhoria de estrutura da Segurança Pública em Itabuna. Entendo também que a geração de emprego e renda é uma das formas de contribuir para reduzir os índices de violência na cidade. Penso em criar pequenas fábricas nos bairros para que possamos estimular a população a produzir, a criar o seu próprio meio de sobrevivência e sair da ociosidade.