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Natal em família esse ano foi um perigo eminente. Como será a Virada de Ano?

SARS

Adoro esse período de festas natalinas e de final de ano. Parece que a humanidade muda e o ‘Homo sapiens’ melhora – por algumas horas – e a raça humana fica ‘mais humana’ por causa do apelo cristão ao nascimento de Cristo.

Mesmo sabendo que o nosso Salvador não nasceu nesse dia e que essa data é estritamente comercial, a indústria precisa vender mais presentes, brinquedos e alimentos específicos para a ocasião, como os perus, chesters, panetones, vinhos e refrigerantes e todas as guloseimas que verdadeiramente só vendem nessa época. A indústria e o comércio usam Cristo – muitas vezes de forma irresponsável – como garoto propaganda para vender e faturar.

Esse ano o Natal foi atípico e com a pandemia a ideia seria ficar em casa, mantendo o distanciamento social. Eu disse seria, pois na prática a história foi bem diferente. As mídias sociais ‘bombaram’ com famílias inteiras mostrando o momento de confraternização. Cada foto mais legal que a outra.

O que me deixou preocupado com esse momento único de confraternização e exposição do momento de alegria, foi que em muitos casos o momento, além de único, pode ter sido o último para alguns que aparecem nas fotos desprotegidos e sem o devido distanciamento pedido pela OMS.

O fato – ou a foto – é que tem sempre um idoso nas fotos e por incrível que pareça, sem a MÁSCARA e o ÁLCOOL GEL. Daí me pergunto qual a parte que diz que idoso é GRUPO DE MUITO RISCO que vocês não entenderam?

O fato é que nunca imaginamos que vai acontecer com a nossa família. Que esse vírus só vai infectar e levar o ente querido do vizinho, da família de um amigo, de um conhecido ou desconhecido, nunca o nosso.

Pensar dessa forma é um grande engano, pois o vírus não escolhe cor, raça, credo ou condição social, ele, o vírus, se aproveita do relaxamento social e do jovem irresponsável que pega o vírus na rua e leva para dentro de casa e presenteia os mais debilitados e em condição de risco.

É importante dizer que o vírus não bate em sua porta, ele é um ‘parasita’ que precisa de um ‘hospedeiro’ para circular por alguns dias. Se você hospeda ‘ele’ e mesmo estando assintomático visita pessoas ou entes queridos, você pode estar levando o vírus para essas pessoas. Se em sua casa tem alguém com alguma comorbidade (alguma doença crônica), você pode, de forma inconsciente – mas irresponsável – estar condenando essa pessoa à MORTE, essa é uma DURA VERDADE que precisa ser dita.

Gente, todo ano tem Natal, Carnaval e tantas outras datas festivas. A vacina já está batendo em nossa porta. Falta tão pouco! Em breve todos seremos vacinados e aí sim poderemos comemorar com responsabilidade e sem colocar a vida dos nossos parentes em risco.

Pense bem antes de fazer festa na VIRADA DE ANO e colocar a pessoa que você mais AMA em RISCO.

Que fique claro que o resultado final será fruto da soma dos teus atos.

Arnold Coelho

Jornalista, web designer e Homo sapiens