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Lucas Martins, o aluno da FMT, que mudou o Plano de Ensino com seu TCC

Lucas Martins Correia

O discente do curso de Enfermagem da Faculdade Madre Thaís (FMT), Lucas Martins Correia, teve aprovado o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) abordando o tema “População LGBTQIA+: Demandas e Desafios de Acesso ao Sistema Público de Saúde no Brasil”. O Trabalho de Lucas muda a estigmatização, agrega o corpo docente transforma suas teorias antigas para algo inovador e receptivo para essa população que gosta de cuidar da sua saúde, teve como orientadora a professora Daniella Oliveira Navarro e co-orientadora, Alexandra Brandão dos Santos, foi apresentado no dia 9 de dezembro de 2021 e enviado para publicação em revista tipo AA para avaliação e publicação.

Para a professora Andréa Dickie de A. Nogueira, coordenadora do curso de Enfermagem da FMT, as reformas nos Planos de ensino estão sendo realizadas em todas instituições de ensino superior do país, que, de acordo com o Ministério da Educação, tais reformas terão que acrescentar dez por cento da sua carga horária com projetos de extensão o que faz reunir todos os Núcleos Docentes Estruturantes dos Cursos para realizarem uma divisão apta e específica de cada curso a desenvolver seus projetos. Há tempos comenta-se e aprende-se sobre as minorias sociais mais desfavorecidas nos âmbitos públicos em saúde onde “A desqualificação da equipe multiprofissional e a homofobia também são fatores agravantes que favorecem a inacessibilidade destes usuários aos serviços em saúde”, sendo os serviços e o próprio ensino na Saúde Pública interligados às doenças sexualmente transmissíveis.

A abordagem de Lucas Correia desperta aos profissionais de saúde e corpos docentes que esse lugar na saúde dentro apenas das Doenças Sexualmente Transmissíveis limita a visão desses profissionais dentro da população LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros/Travestis, Queer, Intersexuais, Assexuais) devendo expandir-se para todas as áreas. ”A deficiência ao acesso vem sendo ao longo do transcurso humano, invalidada, devido a processos estigmatizantes, a não aplicabilidade das políticas públicas em saúde em sua totalidade, a assistência da equipe multidisciplinar insuficiente ou inexistente, assim como o preconceito do corpo social que juntos corroboram para o processo de exclusão no acesso por essa população. Portanto, se faz necessário à avaliação crítica acerca desses fatores assim como a implementação de estratégias para uma resolutividade desse cenário”.

O aluno do 9º semestre de enfermagem mudou a estigmatização agregando o corpo docente a mudar suas teorias antigas para algo inovador e receptivo para essa população que gosta de cuidar da sua saúde. “Afirmo que é imprescindível a inclusão dessa temática dentro dos currículos dos cursos na área da saúde e nos espaços em saúde, seja na área assistencial, de pesquisa, administrativa, favorecendo o debate constante, uma vez que a vivência, a aproximação e o reconhecimento do problema são fatores que favorecem a visibilidade da frágil realidade desses usuários. O debate sobre o preconceito no tecido social brasileiro por si só favorece a inclusão, quebra barreiras e corrobora com os princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde: integra, humaniza e permite o acesso de forma igualitária sem distinções, de fato relata Lucas Correia no seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).