Os tempos estão sombrios, mas não são de trevas
Quis o destino que as diversas circunstâncias impusessem desafios severos ao nosso tempo. Não bastava a Pandemia de Covid-19, temos as mazelas humanas da gestão no plano federal. O processo eleitoral de 2018 se mostrou turvo. Parecia que remava contra a ordem, tudo indicava para a escolha do gestor que está a (não) gerir a República Federativa do Brasil. Muito já se discutiu, inclusive, a necessidade de se examiná-lo mentalmente.
Deixemos – o de lado e seguimos, sem deixar de apurar as responsabilidades.
Salvo melhor juízo, não podemos tratar uma pessoa que desdenha do uso da máscara, que incentiva o uso de medicamentos sem eficácia comprovada para a COVID-19 como se fosse uma pessoa que sofra de algum transtorno mental. Não obstante, trata-se de uma pessoa desestimula a vacinação de crianças, cuja prática já salvou milhões de crianças da morte. Estaríamos sendo coniventes.
Não obstante, o não – gestor faz questão de colaborar com algumas aglomerações. Peço licença para abusar da paciência de meu leitor, pois, preciso informá-lo que estou a dizer de uma pessoa comum, visto que o nosso presidente faz tudo conforme recomenda a ciência.
Com o anunciar da pandemia e o nosso recolhimento em casa, comentou-se que as artes entrariam em um processo de profundo avivamento. Melhores livros seriam produzidos, os pesquisadores responderiam nossos anseios, as músicas seriam melhores. As telas seriam pintadas como nunca. A filosofia se encarregaria de nos oferecer um alento. Novos talentos surgiriam.
Depois de algum tempo, temos um contingente jamais visto de desempregados; nunca fizemos tantas vaquinhas para ajudar pessoas. A solidariedade foi testada e colocada à prova. Estamos resistindo e ajudando…
Efson Lima
Doutor, mestre e bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia. Membro da Academia Grapiúna de Letras (AGRAL). Membro – eleito para Academia de Letras de Ilhéus (ALI). Articulista do jornal A Tarde. Professor universitário. Advogado. efsonlima@gmail.com