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Estudantes recebem exemplares da Constituição em evento na Alba

Iniciativa foi resultado de uma parceria da UNIFTC com a Casa do Povo, através da Escola do Legislativo

“Não existe você calar as vozes da sociedade através do autoritarismo, não existe a dialética tão importante do Direito sem a democracia. A importância da gente defender a democracia, de ouvir o outro, faz parte não apenas da Constituição Estadual, da Constituição Federal, mas também da essência do Direito como princípio”. A fala do presidente da Comissão de Processo Legislativo da OAB, seccional Bahia, Breno Valadares, deu o tom da cerimônia de entrega dos exemplares da Constituição Federal a 21 estudantes que avançaram para o segundo semestre do curso de Direito da UNIFTC.

O evento, realizado na manhã desta sexta-feira (10) no auditório da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), foi resultado de uma parceria da instituição de ensino superior com a Casa do Povo, através da Escola do Legislativo, e teve como objetivo enfatizar de maneira simbólica a mudança de fase dos universitários na graduação de Direito. “Eles chegam no primeiro semestre logo após saírem do ensino médio, e agora eles estão tecnicamente iniciando o curso de Direito, que é um curso que exige deles um conhecimento aprofundado das leis. A Constituição é a base do ordenamento jurídico, por isso, o aluno de Direito precisa dominar esse diploma”, afirmou o coordenador do curso de Direito da UNIFTC, Luiz Henrique Requião.

De uma maneira didática e descontraída, os graduandos assistiram as palestras de seis oradores. Além de Breno Valadares, que abordou entre outros temas as oportunidades no âmbito do processo legislativo, o advogado Wildson Correia ressaltou o elevado número de profissionais do Direito, com mais de 3,6 milhões de advogados no país, e elencou as possibilidades das correias, tais quais magistratura, procuradorias, defensoria pública, docência, entre outras. “Para aqueles que são bons profissionais nunca faltará espaço”, disse. O advogado Diego Pimentel contextualizou a história político-jurídica do Brasil até a concretização da democracia no ano de 1988 e seus desdobramentos. O advogado e empresário, Paulo Cavalcanti, presidente da Associação Comercial da Bahia, contou um pouco da sua história como estudante de Direito e do suposto erro do Estado que resultou na sua prisão, assim como destacou a capacidade individual do estudante para construir a própria jornada.

Assessor da Procuradoria da Assembleia Legislativa da Bahia, Yuri Baldino, abordou a essência cidadã da Constituição Federal e a relevância em ensiná-la a estudantes do ensino médio das escolas estaduais, democratizando o acesso ao conhecimento sobre os direitos e deveres. “A nação quer mudar. A constituição é a voz do povo. Se o cidadão não sabe os seus direitos desde a base, ele não tem condição de cobrá-lo”, frisou.

Esta foi a primeira edição do evento, que deve passar a ser realizado duas vezes ao ano, uma em cada semestre. A ideia é direcionar cada estudante em uma fase crucial da graduação de Direito, e evitar a desistência do curso por desestímulo. “Esse evento deu algo significativo para o estudante de Direito se inspirar. Os estudantes de Saúde, por exemplo, têm a cerimônia do jaleco que representa um reconhecimento. Para nós, estudantes de Direito é importante também”, afirmou a aluna Marília de Souza Carvalho, de 18 anos. (Ascom Alba)