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A Invenção de Santa Cruz

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ÀS VÉSPERAS DE COMPLETAR 500 ANOS, Santa Cruz, a cidade que ainda insiste em ser chamada de povoado, vive dias de calamidade e corrupção: seca, pestes e eleições. Habitada por personagens que parecem ter saído do Auto da Barca do Inferno, cada um com sua iniquidade e sua alegação, em seu jeito e trejeito, em sua cor e costume, sem tirar nem pôr, moradores de um povoado que um dia o mar haveria de engolir. Mas até lá — repetia Mariazinha Linguado — a gente vira peixe!

Este é o principal enredo de A Invenção de Santa Cruz, mais novo livro do escritor Pawlo Cidade, que chega em Ilhéus no dia 25 de julho de 2024, às 18h30, na Academia de Letras de Ilhéus.

No povoado onde peixe tem nome de homem e homem tem nome de peixe, repleto de indivíduos de alta estirpe, que dizem possuir valores firmados na verdade, personalidade, hospitalidade e autenticidade, paradoxalmente o absurdo se faz cotidiano quando alguém é capaz de gastar dois reais apenas para evitar que o outro ganhe um. É o local onde nem todo filho de peixe, peixinho é, onde as lições de hereditariedade não se aplicam à índole e ao caráter. 

Nesse espaço ímpar, descobrimos que as más influências estão por toda parte, quase palpáveis, como o odor forte do mercado de peixe da Central de Abastecimento, ao qual, inacreditavelmente, todos vão se acostumando. É o ar que respiramos, uma realidade que imperceptivelmente se entranha na gente.

A edição e projeto gráfico são da Editora do Teatro Popular de Ilhéus. O livro possui 216 páginas e já está na pré-venda até o próximo dia 23 de junho no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais), e pode ser adquirido pelo Pix (73) 9.9998.2555, em nome de João Paulo Couto Santos. O comprovante deve ser enviado para dimensoesculturais@gmail.com ou para o zap (73).99154.7019

“Às vezes somos a presa, em outros momentos, somos o predador, mas sempre fazemos parte desse ecossistema humano carregado de contradições e encantos. No povoado dos absurdos, Santa Cruz, cada dia é uma nova revelação de que a humanidade é feita de nuances e a vida é o maior milagre de todos”, revela Pawlo Cidade.

PAWLO CIDADE nasceu em 1968, em Ilhéus (BA), e, além de escritor, é também articulista, gestor cultural e professor. Publicou mais de vinte livros, entre romances, teatro, gestão da cultura e novelas juvenis. É membro da Academia de Letras de Ilhéus, onde foi presidente por dois mandatos.